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Escolha levanta críticas dentro da companhia aérea que o Estado português salvou com dinheiro dos contribuintes. TAP confirma contratação, mas nega influência da presidente
A TAP contratou uma amiga da presidente para diretora de melhoria contínua e sustentabilidade da companhia aérea portuguesa. A contratação confirmada pela investigação do Exclusivo da TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal, está a ser fortemente contestada na empresa não apenas pela relação pessoal, denunciada pelo sindicato dos pilotos, mas também pela alegada falta de competências de uma engenheira civil sem currículo conhecido na área da aviação.
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As redes sociais dos companheiros da presidente da TAP (Christine Ourmières-Widener) e da nova diretora (Isabel Nicolau Silva) revelam fotografias dos quatro em pelo menos duas atividades e encontros.
Os companheiros da presidente e da nova diretora da TAP treinam inúmeras vezes juntos e são os únicos fundadores de uma associação de triatlo criada em setembro, pouco antes de Isabel Nicolau Silva tomar posse como diretora de melhoria contínua e sustentabilidade da companhia aérea.
A nova diretora, que chegou à TAP em outubro, ainda hoje surge como diretora financeira no site de uma clínica de bem-estar do companheiro.
O líder do sindicato dos pilotos denuncia o caso e diz que esta nomeação é a gota de água na saga de escândalos que envolvem a administração da TAP e exige a António Costa que assuma responsabilidades e trave o descalabro na gestão de dinheiros públicos.
Contactada pelo Exclusivo, a TAP confirma a contratação da nova diretora, mas garante que esta foi “levada a cabo pela direção de recursos humanos e foram considerados outros candidatos, tendo-se optado pela que foi considerada mais adequada às funções”.
Sobre a relação pessoal com a presidente, a TAP adianta que Christine Ourmières-Widener “conhece de facto a pessoa em questão mas não só não teve envolvimento na sua contratação, como também não seria justo que a mesma fosse desconsiderada para o lugar apenas por existir esse conhecimento”. “Reitera-se que esta foi considerada a melhor opção para o lugar”, conclui a resposta da companhia aérea portuguesa, que acrescenta que a nova diretora vai ficar com as áreas de eficiência de processos e de gestão de património.
Relativamente ao salário de 15 mil euros avançado pelo sindicato dos pilotos, a TAP garante que o ordenado é “substancialmente inferior”, mas não avança qualquer valor.
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