Foi a pretexto do Dia Internacional da Mulher que a revista Jet7 entrou em contacto com a empresária Nélia Sousa, duas vezes vencedora do prémio “Gazela” e a frente de um setor de atividade pouco habituado às vestes feminina. Lutadora, resiliente e esperançosa. É assim que Nélia Sousa, de 47 anos, se apresenta.
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Enfermeira há 26 anos, foi no campo empresarial que ganhou notoriedade.
Abriu a Nélia Sousa Unipessoal, Lda, uma empresa de manutenção de transportes públicos, na zona centro de Portugal. Nunca deixou de lado a profissão de enfermeira, trabalhando simultaneamente em dois estabelecimentos de saúde, “nunca quis deixar de ser enfermeira, sempre foi algo que me deu prazer fazer”, e considera que, apesar de nunca ter tirado uma especialização na área, foi aqui que ganhou o espírito mais humano que a caracteriza e que se rege em tudo na vida.
A abertura de um negócio nunca é fácil, e o de Nélia também não foi. Apesar da procura por este tipo de serviços, o setor dos transportes públicos e a gestão de empresas ainda são demarcados por um número muito extenso de trabalhadores do sexo masculino. Nélia foi uma pioneira neste meio, mas nunca se sentiu inferior, “claro que no início evitava a oficina e mesmo quando ia era olhada de canto, mas nunca me senti vulnerável ou ameaçada, aliás, senti que era respeitada precisamente por ser uma mulher num mundo de homens”. “Nós mulheres podemos tudo, só não podemos o que não queremos”. Defensora da igualdade de género, Nélia quer ser vista como uma mulher de negócios, mas também humana. Preocupa-se com os colaboradores da empresa, e defende que estes devem ser valorizados, afinal, são eles que permitem o negócio crescer. Dorme pouco para conseguir conciliar todos os papéis da sua vida: Mãe, enfermeira e empresária. Mas fá-lo com gosto, “nunca fui de dormir muito e estou habituada a trabalhar à noite”.
Nunca pensou que a empresa Nélia Unipessoal fosse chegar tão longe, e pensou que seria apenas uma pequena empresa com um número limitado de colaboradores. No entanto o negócio cresceu, começaram a fazer formações para futuros empregadores da Comboios Portugal e é assim que vê o futuro. Crescer e fazer mais e melhor.
Em relação ao futuro, pretende, em breve, deixar a profissão que tanto lhe deu e dedicar-se somente à empresa, mas esclarece o porquê, “sempre gostei de ser enfermeira, mas está na hora de me dedicar 100% ao meu próprio negócio”. Quer mais clientes, devido à instabilidade financeira que se vive no país, e prefere salvaguardar do que remediar. Às pessoas que a acompanham, e aos filhos quer deixar a marca de que se deve lutar por aquilo que se quer mesmo, sem nunca olhar para trás.
Texto: revista Jet7/redação
Fotos: D.R/divulgação
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